A África sofre desproporcionalmente com acidentes de trânsito, sendo responsável por 24% de fatalidades globais com menos de 4% de veículos (OMS, Relatório de Situação da África sobre Segurança Rodoviária 2025/SSATP).

As avaliações que utilizam a metodologia de classificação por estrelas iRAP de mais de 50.000 km de estradas em 13 países africanos revelam baixas classificações de segurança: apenas 17% atingem uma classificação de segurança de 3 estrelas ou superior para peões, 29% para veículos de duas/três rodas, 15% para ciclistas e 38% para transportes públicos, indicando uma priorização dos veículos em detrimento dos utilizadores vulneráveis das estradas (irap.org/safety-insights-explorer)

O relatório aborda como a Comissão da União Africana (CUA) está trabalhando ativamente para melhorar a segurança viária na região por meio de iniciativas como o Plano de Ação para a Segurança Viária Africana 2021-2030, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O relatório se baseia fortemente na Abordagem de Sistemas Seguros para criar intervenções que abordem os principais problemas de segurança viária identificados na região.

Alguns desafios que dificultam a implementação adequada dos Pilares do Sistema Seguro giram em torno de financiamento limitado e sistemas de dados frágeis. Outros problemas incluem a infraestrutura existente, focada em veículos motorizados em vez de usuários vulneráveis das vias, a falta de regulamentações de segurança veicular com aplicação inadequada da lei e fatores de risco comportamentais.

Por meio do relatório, o SSATP exige uma gestão institucional mais forte, financiamento mais sustentável, sistemas de dados aprimorados e alinhamento com as estruturas internacionais para enfrentar a emergência de segurança viária na África. Também incentiva governos e partes interessadas a liderarem esforços conjuntos para aprimorar as estratégias nacionais, a coordenação, a alocação de recursos e a coleta de dados.

O SSATP pede que formuladores de políticas e outras partes interessadas usem o relatório para orientar seus esforços na criação de estradas mais seguras e na implementação de políticas que salvem vidas em toda a região.

Algumas iniciativas estão sendo implementadas para inspirar e motivar as principais partes interessadas a colaborar em esforços contínuos para implementar a Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2020-2030.

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